O divórcio representa o início de uma nova fase, com um período de adaptação e reeducação, inclusive financeira.
É importante analisar suas finanças, ou seja, os novos custos fixos e despesas esporádicas para estabelecer uma nova organização financeira.
Para ajudar a replanejar a vida financeira após esse momento, é importante seguir algumas orientações:
É necessário separar o emocional do financeiro, pois em um divórcio é fundamental deixar a emoção de lado e ser racional para não dificultar o procedimento de separação de bens.
É o momento para mapear os ganhos e principalmente todos os gastos, inclusive os eventuais, para evitar surpresas e principalmente as dívidas, devendo fazer um planejamento da sua vida financeira.
Aqui estão algumas perguntas que podem te ajudar a refletir melhor sobre esses pontos:
• Onde irá morar após o divórcio?
• Caso tenha filhos, com quem ficará a guarda deles?
• Caso fique com a guarda, receberia pensão? Se sim, qual seria mais ou menos esse valor?
• Durante o processo, será necessário vender bens, como a casa ou o carro?
• Caso possuam dívidas e financiamentos, como serão pagos após o divórcio? Quem arca esses custos ou como irá se resolver?
Olhe para as dívidas
• Veja o que já está em andamento, planilhe os valores das parcelas que terá que pagar e quanto ainda falta para quitá-las. Aqui, entram dívidas como financiamentos ou empréstimos.
• Verifique se não há nenhuma dívida atual, como: cheque especial ou alguma fatura atrasada do cartão.
• Levante o valor das próximas faturas, somando as parcelas em aberto no cartão para cada mês, assim você já sabe quanto já está comprometido no mês. Algumas operadoras já tem a opção de checar qual o valor das próximas faturas!
Anote os custos fixos
• Com a vida em mudança, é preciso entender melhor e se preparar para os gastos fixos que você terá mensalmente, como: aluguel, água, luz, plano de saúde e toda e qualquer conta mensal que vá assumir.
Anote os custos variáveis
• Tente estimar um valor para aquelas contas que podem variar durante o mês, como: supermercado, farmácia, delivery, lazer, entre outros.
Não se esqueça dos gastos eventuais
• É bastante comum acabarmos deixando de lado aqueles gastos que acontecem uma vez por ano, como por exemplo: IPVA, seguro do carro, IPTU, etc. Todos esses são custos anuais, mas que fazem parte do nosso orçamento.
A ideia é que a sua renda (a partir do momento do divórcio) seja suficiente para arcar com eles, e se não for, alguns gastos precisam ser repensados e eventualmente retirados do orçamento.
Novamente, seja racional, não vai pela emoção e principalmente com a intenção de revolver com celeridade o “problema” de separação de bens e acaba abrindo mão de seus direitos.
Em uma separação, existem inúmeras situações que devem ser avaliadas, caso a caso, para se chegar à divisão justa para o casal, pois agir impulsivamente, pode levar a ambos perderem dinheiro.
A guarda dos filhos é concedida para o cônjuge que apresenta melhores condições para gerenciar a vida da criança.
Nesse caso, quem não ficar com a guarda, mas possuir melhores condições financeiras, deverá pagar à criança uma pensão, direcionada para as necessidades básicas.
Existe ainda a possibilidade da guarda compartilhada, porém na guarda compartilhada fica prejudicado a determinação de quem se responsabiliza pelos gastos dos filhos, pois na guarda compartilhada, o casal permanece com as obrigações em relação aos rumos da vida dos filhos menores, podendo exercer conjuntamente todos os direitos e deveres.
Avalie este capítulo em sua vida como a oportunidade perfeita para investir em si mesmo(a).
Muitos adiam projetos e planos, nesta hora pensar na sua própria educação/formação, se matriculando em cursos noturnos ou até quem sabe em uma universidade local para melhorar suas habilidades, suas perspectivas de carreira e, o que aumenta o seu potencial de ganhos futuros.
Um dos resultados positivos de quem assume essa atitude é aumentar sua auto-estima e confiança!
Fontes: Papo de Valor, Futuro em Ação e Época Negócios.