De acordo com Gitman (2010, p. 203) risco é definido como “a variabilidade dos retornos associados a um dado ativo, ou seja, é a chance de perda financeira.” Dessa forma, pode-se dizer que é a incerteza relacionada a um tipo de aplicação seja monetária ou não, de modo que, ocorra uma situação indesejada para o contexto idealizado. Entende-se, portanto, em concordância com o autor, que o risco se refere a variabilidade dos retornos associados a um ativo, com isso, sua variabilidade define a condição do ativo, na hipótese de possuir maior ou menor risco. Os riscos podem ser divididos em três grupos: 1. Riscos específicos; 2. Riscos específicos do acionista; e 3. Riscos da empresa e do acionista, posteriormente, desenvolvemos suas subdivisões para o pleno entendimento.
Já o retorno pode ser definido como “é o ganho ou prejuízo total que se tem com um investimento ao longo de um determinado período de tempo.”(GITMAN, 2010) Sendo assim, o retorno é o rendimento do ativo, ou seja, quanto a aplicação rende durante determinado período. Podendo ser medido através da divisão entre as distribuições de ativo, dado um determinado período, somando-se a variação do preço e o valor do investimento no início do período. De maneira que, a taxa de retorno esperada reflita a fusão do fluxo de caixa recebido e as variações do valor do preço do ativo no período X e o preço no período diferente de X.
Por isso, destaca-se que risco e retorno são variáveis importantes para a tomada de decisões acerca de investimento, uma vez que, à medida que os conceitos se complementam e adquirem a mesma proporção, visto que, quanto maior o risco presente em um investimento, maior será o retorno obtido no investimento. Paschoarelli (2008) diz que “risco e retorno estão fortemente atrelados, não sendo possível dissociar uma coisa da outra, uma vez que, todo tipo de investimento contempla um risco, e ninguém investe sem buscar retorno.” Por
esse motivo, pode-se dizer que quanto maior o risco, maior o retorno desejado/esperado/cobrado por quem investe. Os investimentos, portanto, que apresentam maiores chances de perda podem ser considerados os que geram maiores retornos, em contraposição aos investimentos que apresentam um menor grau de risco.
Partindo disso, diante do atual cenário econômico podemos observar que o gerenciamento de risco é a principal ferramenta que auxilia as organizações no processo de análise para a implantação de estratégias e ações, já que, a partir dele podemos mensurar os riscos e retornos esperados para um investimento. Podemos tratar o gerenciamento de riscos como o método mais eficaz para redução da incerteza e a possibilidade de perdas, ao mesmo tempo em que aproveita oportunidades para melhorar o desempenho e a eficiência. Dessa maneira, o gerenciamento de risco consiste em avaliar as ameaças do mercado sob a organização, elaborar um plano de ação e monitoração, de maneira que, seja possível estabelecer medidas de forma antecipada, ou seja, a empresa se resguarda, a fim de, ter meios e medidas de prevenção em caso de adversidade e/ou ameaças do mercado. Dado isso, a tomada de decisão obtém uma base sólida e efetiva. Podemos dividir o gerenciamento de riscos em seis etapas:
O gerenciamento de risco é fundamental para as micro, pequenas e médias empresas
(MPMEs), pois oferece benefícios significativos para sua sustentabilidade e sucesso, permitindo que essas empresas identifiquem e avaliem os riscos potenciais que podem afetar suas operações, bem como tomem medidas para mitigar ou evitar perdas financeiras. Ao implementar o gerenciamento de risco, as MPMEs podem tomar decisões mais informadas, considerando as possíveis consequências e adotando medidas preventivas ou corretivas apropriadas. Isso ajuda a garantir a viabilidade dos negócios e a minimizar os riscos envolvidos em suas operações diárias. A proteção da reputação também é um aspecto importante para as MPMEs. Riscos não gerenciados podem resultar em danos significativos à reputação, afetando a confiança dos clientes e parceiros comerciais. Por meio do gerenciamento de risco, as MPMEs podem antecipar situações prejudiciais, implementando controles adequados e planos de resposta eficazes. Isso permite que elas protejam sua reputação e mantenham relacionamentos sólidos com seus stakeholders.
O cumprimento regulatório também é um fator crítico para as MPMEs. Elas devem aderir a requisitos específicos relacionados ao gerenciamento de risco, a fim de evitar penalidades legais e manter a conformidade com as normas estabelecidas. O gerenciamento de risco fornece uma estrutura que permite às MPMEs atenderem a essas exigências regulatórias, demonstrando seu compromisso em seguir as diretrizes legais. Além disso, o gerenciamento de risco contribui para a resiliência das MPMEs ao identificar e planejar ações para lidar com riscos potenciais, elas estão melhor preparadas para enfrentar adversidades e se adaptar a mudanças imprevistas. Isso é particularmente relevante para as MPMEs, que muitas vezes têm recursos limitados e são mais vulneráveis a perturbações externas. A capacidade de se recuperar rapidamente de eventos adversos é essencial para a continuidade dos negócios e a sustentabilidade das MPMEs.
Por fim, o gerenciamento de risco também oferece oportunidades de crescimento e melhor desempenho para as MPMEs. Ao analisar os riscos envolvidos em suas atividades, elas podem identificar áreas de melhoria e inovação. Ao gerenciar os riscos de forma eficaz, as MPMEs podem otimizar seu desempenho, buscar vantagens competitivas e impulsionar seu crescimento sustentável. O gerenciamento de risco, portanto, é essencial para as micro, pequenas e médias empresas, permitindo que elas identifiquem riscos, tomem decisões informadas, protejam sua reputação, cumpram regulamentações, promovam resiliência e busquem oportunidades de crescimento. Conclui-se que esta prática contribui para a segurança e sucesso das MPMEs em um ambiente de negócios cada vez mais desafiador.